"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso"

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O JARDIM DAS AFLIÇÕES

Autor: Olavo de Carvalho
Editora: É Realizações
Assunto: Filosofia
Edição: 1ª
Ano: 2000
Páginas: 336

Sinopse: Um livro original e perturbador que, partindo da análise de um evento aparentemente menor e tomando-o como ocasião para mostrar os elos entre o pequeno e o grande, vai se alargando em giros concêntricos até abarcar, numa complexa filosofia da história, o horizonte inteiro da cultura Ocidental.

O "Jardim das Aflições" é um livro fantástico, difícil de ser descrito, mas encerra com notável erudição a história do pensamento ocidental - e brasileiro - com todas as suas constatações e enganos, culminando com o desvelamento dos grandes problemas culturais e comportamentais que atingem a humanidade nesse início de milênio. Leitura obrigatória para todos que se sentem incomodados com determinados aspectos do atual "politicamente correto" e não sabem como interpretá-lo e/ou refutá-lo.

Estrutura resumida e parcial da obra:
Capítulo I – Apresentação do problema inicial que provoca as investigações: a falsificação da história da Ética, feita pelos professores uspianos, nas palestras do Masp em 1990 (Epicuro no lugar de Platão e Aristóteles; Inquisição como fenômeno medieval e não renascentista; exclusão da escolástica) e a distorção da história do pensamento Ocidental, feita por José Américo Motta Pessanha, quando esteve na direção da coleção “Os Pensadores”. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, tendo a frente Marilena de Souza Chauí, cujo objetivo não confesso foi o de promover a “reforma na inteligência” brasileira e assim preparar terreno para ascensão da esquerda materialista na política brasileira.

Capítulo II – Uma investigação de Epicuro; procurando entender o que ele foi fazer no lugar de Platão e Aristóteles, como representante da Ética na filosofia grega e o porquê do fascínio que exerceu na platéia. Onde se assinala sua pequenez filosófica; seu parentesco com a Nova Era; e sua índole evasionista, como resposta a uma situação de falta de sentido.

Capítulo III – Onde se examina qual a semelhança entre Marxismo e Epicurismo, por trás de sua aparente contradição entre ativismo e evasionismo: negação da inteligência teorética; e onde também se assinala que o mesmo parentesco se repete entre os movimentos espiritualistas da Nova Era e os descendentes marxistas contemporâneos.

Capítulo IV – Onde se examina as mudanças culturais na história ocidental que levaram a perda da dimensão metafísica; sem a qual, cresce o culto às dimensões sócio-cósmicas; que seria um dos fatores que teriam aproximado os movimentos materialistas dos espiritualistas.

Capítulo V – Onde se estuda a história política do Ocidente e sua configuração de poderes; situando o lugar da intelectualidade brasileira contemporânea frente a este quadro ampliado.

E muito mais questões que vão até o capítulo X.

A essência fundamental da obra:
Olavo de Carvalho, de forma magistral, demonstra que os esquerdistas materialistas uspianos, a serviço do socialismo-marxista encarnado no PT, estão destruindo a capacidade das pessoas de perceber as diferenças entre a realidade e o idealismo. Essa destruição aplainará a mente das pessoas de tal forma que elas poderão ser manipuladas na direção desejada: rumo ao comunismo.

Quando o materialismo dominar a mente das pessoas seja por meio do idealismo e divinização do Estado de Hegel, seja pelo epicurismo, estará completada a decadência total humana no Brasil, e o “novo homem” que essa gente criminosa quer construir, estará totalmente desprovido do reflexo da imagem de Deus e de sua espiritualidade. Com a decadência total do homem a obra diabólica da esquerda marxista brasileira estará completa, e finalmente, todos amarão o “Grande Irmão”.

Sobre Olavo de Carvalho:
Nasceu em 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros.
A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia "científica".
Para Olavo de Carvalho, existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual, vínculo este que se perde de vista quando o critério de validade do saber é reduzido a um formulário impessoal e uniforme para uso da classe acadêmica. Acreditando que o mais sólido abrigo da consciência individual contra a alienação e a coisificação se encontra nas antigas tradições espirituais – taoísmo, judaísmo, cristianismo, islamismo –, Olavo de Carvalho procura dar uma nova interpretação aos símbolos e ritos dessas tradições, fazendo deles as matrizes de uma estratégia filosófica e científica para a resolução de problemas da cultura atual.

 

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