"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso"

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O GRANDE CULPADO - O Plano de Stalin para Iniciar a Segunda Guerra Mundial

Título original: The Chief Culprit Stalin´s Grand Design to Start World War II
Autor: Viktor Suvorov
Tradução: Flora Salles
Editora: Amarilys
Assunto: História
Edição:
Ano: 2010
Páginas: 456

Sinopse: Neste livro, questiona-se o modo como a União Soviética agiu antes e durante a Segunda Guerra Mundial e o papel de Joseph Stálin em toda a trama. O autor estudou as facetas desse ditador, um líder obcecado pela revolução comunista internacional a qualquer preço. Viktor Suvorov baseia-se em documentos dos arquivos da ex-URSS para trazer à tona os bastidores do conflito, apontando contradições nas narrativas históricas mais célebres sobre o período da Segunda Guerra Mundial. No processo, revela o perfil de um gênio maquiavélico, um líder obcecado pela revolução comunista internacional a qualquer preço. Repleto de evidências incontestáveis, O grande culpado certamente provocará discussões entre os historiadores do mundo inteiro.

Do prefácio: "Hitler tinha uma bandeira vermelha. Stálin tinha uma bandeira vermelha. Hitler governava em nome da classe operária, e seu partido se chamava Partido dos Trabalhadores. Stálin também governava em nome da classe operária; seu sistema tinha o nome oficial de Ditadura do Proletariado. Hitler odiava a democracia e lutava contra ela. Stálin odiava a democracia e lutava contra ela. Hitler construia o socialismo. E Stálin construia o socialismo. Sob o título do socialismo, Hitler via uma sociedade sem classes. E Stálin, sob o título do socialismo, via uma sociedade sem classes. No seio das duas sociedades sem classes construídas por Hitler e Stálin floresceu a escravidão, no mais puro sentido da palavra."

Comentários: O escritor Viktor Suvorov, ex-oficial da espionagem soviética, examina documentos soviéticos recém-divulgados e reavalia o material histórico existente a fim de analisar o projeto estratégico de Stálin para conquistar a Europa e as razões por trás de seu controverso apoio à Alemanha nazista. Explica que toda a estratégia de Stálin visava à Segunda Guerra Mundial, com base na crença de Lênin de que se a Primeira Guerra Mundial não provocasse uma revolução comunista mundial, esta apenas seria alcançada com uma segunda grande guerra. Stálin viu, na Alemanha nazista, um poderoso instrumento para enfrentar e enfraquecer os países capitalistas, abrindo caminho para os exércitos soviéticos, que depois conquistaram toda a Europa. Suvorov revela como Stálin conspirou com o governo da Alemanha para burlar o Tratado de Versalhes, que proibia o rearmamento alemão. Secretamente, a União Soviética treinou engenheiros e oficiais alemães, fornecendo-lhes bases e fábricas para a guerra. O autor também chama a atenção para o pacto de não agressão de 1939 entre a União Soviética e a Alemanha, o que deu permissão para Hitler prosseguir com seus planos de invadir a Polônia, fomentando a guerra na Europa.

Suvorov desmascara a teoria de que Stálin foi enganado por Hitler e de que a União Soviética foi vítima da agressão nazista. Em vez disso, ele afirma, com todos os fatos e argumentos, que Stálin não temia Hitler nem nele confiava cegamente. O autor sustenta que, após a Alemanha ocupar a Polônia, derrotar a França e preparar-se para invadir a Grã-Bretanha, os serviços de espionagem de Hitler descobriram que a União Soviética preparava-se para uma grande guerra contra a Alemanha. Essa descoberta, afirma Suvorov, levou a Alemanha à guerra preventiva, isto é, a invadir antecipadamente a URSS. Stálin emerge das páginas deste livro como um gênio diabólico, obcecado pela idéia da revolução comunista mundial a qualquer preço – um líder que cortejou Hitler e a Alemanha, no esforço de conquistar o mundo. O grande culpado contrataria as tradicionais teorias sobre os planos soviéticos antes da invasão alemã e defende uma nova visão das reais intenções de Stálin.

No prefácio deste livro, Suvorov faz importante recomendação aos leitores e notadamente aos historiadores. Diz ele:

“Considero a União Soviética [atual Rússia] um conglomerado do crime. Os líderes soviéticos cometeram incontáveis atos de atrocidade contra o próprio povo e nações vizinhas. É por isso que, para mim, a história da União Soviética deve ser estudada sob o método de criminologia e inteligência, não com pesquisas científicas clássicas. [...] Quanto a mim, estudo a história  da União Soviética segundo o método de espionagem. A primeira regra é: não acredite no que é oficialmente mostrado; procure o que está oculto.”

O comunismo é, em si mesmo, uma mentira e os comunistas mentirosos congênitos. Cínicos e dissimulados. Seguem-se alguns exemplos desta assertiva:

“Na noite de 6 de outubro de 1948, a cidade de ashkhábad foi arrasada por um terremoto avaliado como magnitude 10 na Escala Richter – ou seja, a máxima. O epicentro ficava a apenas vinte quilômetros do coração da cidade. O desastre aconteceu à noite, quando todos dormiam. Tudo foi arrasado instantaneamente, o único prédio que ficou de pé foi a prisão. O resto transformou-se em escombros de tijolos e pedra, e 110 mil pessoas morreram soterradas. Este fatos vieram a público apenas trinta anos depois. Em 1948, nem um único jornal ou estação de rádio deu a notícia. Nem um único porta-voz do governo comentou o fato. Além disso, quem quer que falasse sobre o terremoto era detido e preso, por ‘espalhar falsos rumores’. E eu me perguntava: por que esconder um terremoto? Assim funcionava o sistema soviético: somos tão bons que sequer temos terremotos.”

“Sob a mesma premissa, nenhum órgão oficial da União Soviética mencionou o desastre de Chernobil quando ele ocorreu. Os suecos foram os primeiros a dar o alarme. O vento havia soprado a nuvem radioativa da Ucrânia, passando por Bielo-Rússia, Lituânia, Letônia, Polônia e atravessando o Mar Báltico até a Suécia, onde o equipamento de alerta disparou em uma estação nuclear local. Os engenheiros suecos não entendiam porque o equipamento disparara e procuraram o problema na própria estação. Levaram algum tempo para perceber que a radiação estava no ar, trazida por ventos longínquos. Depois que a investigação internacional começou, o governo soviético admitiu que houvera um pequeno acidente na usina nuclear de Chenobil. Ainda assim, os soviéticos alegaram que o acidente era totalmente insignificante, ninguém deveria dar-lhe atenção.”

“A Rússia de hoje herdou a tradição de esconder tudo o que é negativo. Quando o submarino Kursk afundou, não foi possível esconder o fato. As autoridades russas anunciaram que ele estava submerso e que havia sido estabelecida comunicação com os tripulantes; não havia vítimas e uma mangueira bombeava ar para o submarino. Durante uma semana, o governo russo contou histórias sobre como tudo no Kursk corria bem. Mais tarde descobriu-se que não houvera comunicação com os homens a bordo, e ninguém bombeara ar para eles.” (Viktor Suvorov).

Estes três relatos são exemplos infinitesimais de quão congênita é a mentira e a dissimulação do comunismo e dos comunistas. Ainda assim, notadamente no Brasil, o comunismo é idolatrado às raias da estupidez a ponto de ministros comunistas ocuparem cargos no governo, igualmente comunista, mas que se oculta sob o manto do socialismo que nada mais é do que a ante-sala do comunismo, promoverem rapinagem no erário e serem aceitos pela massa ignara brasileira: Estúpida e desinformada.

Sobre o autor: Viktor Suvorov é o pseudônimo de Vladimir Bogdanovitch Rezun, nascido na União Soviética. Ele é autor de dezoito livros, incluindo três de ficção. Todos foram publicados em mais de trinta idiomas. Na Rússia e na Polônia, foram vendidos mais um milhão de cópias. Suvorov foi um oficial do exército soviético e serviu na inteligência militar (GRU). Em 1978, quando estava em Genebra sob a imunidade de diplomata soviético, desertou com a mulher e dois filhos no Reino Unido, onde trabalhou como analista de inteligência e palestrante. Mora incógnito na Inglaterra, uma vez que foi sentenciado à morte pela corte militar soviética e a Rússia atual recusa-se a perdoá-lo.