Autor: José Osvaldo de Meira Penna
Editora: Itatiaia Editora
Assunto: Ciências sociais
Edição: 1ª
Ano: 1988
Páginas: 254
Sinopse: A obra trata de aspectos da psicologia coletiva brasileira. O autor aborda sob todos os ângulos possíveis, a análise da função intuitiva na alma nacional, ou seja, a psicologia da mente utópica.
Editora: Itatiaia Editora
Assunto: Ciências sociais
Edição: 1ª
Ano: 1988
Páginas: 254
Sinopse: A obra trata de aspectos da psicologia coletiva brasileira. O autor aborda sob todos os ângulos possíveis, a análise da função intuitiva na alma nacional, ou seja, a psicologia da mente utópica.
Essa intuição que supre a carência do brasileiro em termos de atividade cerebrina pura e de racionalidade de comportamento, que permite a superação prática das contradições e inércias que tolhem os passos da nação no caminho do desenvolvimento e da cultura. Esse singular talento em “dar um jeito” nos grandes impasses da situação, o rasgo da solução genial que cai do céu no momento oportuno, a escapatória futurista para os problemas econômicos, sociais e políticos.
Aristhóphanes, primeiro de uma série de humoristas terre-à-terre que mofaram dos utopistas, escreveu uma comédia para demonstrar que vivem nas "Nuvens"... O objetivo de sua crítica era Sócrates. Mas a expressão pegou. O "sonho que se realizou" é a grande recompensa do nefelibata, mas, na maior parte das vezes - não sendo ninguém profeta em sua terra - a visão desvendada ao povo cético e ignaro será recolhida por outros que, mais tarde, comprovarão a justeza da fantasia. E ela deixará então de ser aquilo que o filisteu sempre diz que ela é: justamente uma utopia! Ora, precisamente porque somos, os brasileiros, além de tipos essencialmente afetivos, também grandes intuitivos, com um desenvolvimento ainda rudimentar das funções intelectuais e racionais empíricas, encaminha-se nossa imaginação popular para o sonho utópico, a procura do mito, a expectativa milenarista e o culto da personalidade messiânica (o Sebastianismo) - criando, no processo, uma tensão social que é imensamente criativa.
Esse o tema precípuo da análise efetuada na presente obra: desvendar a maneira brasileira de ser mediante uma investigação de natureza psicológica.
Por essas caracteríticas de ser do brasileiro é que o socialismo, marxismo e comunismo, etapas evolutivas da utopia, encontram campo fértil, no Brasil, para estabelecer a irracionalidade, a psicose e o caos humano na busca desenfreada de um Estado provedor, patrimonialista e paternalista.
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