Morreu um
homem amargo e mau, incapaz de sorrir, que se esforçava por tornar a sua Pátria
amarga, como ele.
José
Saramago era, de facto, um homem mau. Provava-o a sua cara vincada incapaz de
exprimir um sorriso, prova-o a sua escrita prenhe de ódio e crítica aos valores
mais normais e caros à civilização que o viu nascer, valores esses que ele, com
as suas ideias, suas declarações e sua obra, renegou em Lanzarote. Será que no
fundo, Saramago, para além do seu marcado azedume e soberba, tinha valores?
Nunca o saberemos.
Repito,
José Saramago era um homem mau. Que o digam os seus colegas, que em pleno
período revolucionário foram vítimas de saneamentos selvagens. O homem, nessa
época, tinha o “estribo nos dentes”, e era imparável algoz como sub-director do
Diário de Notícias. Tinha por desporto arruinar a vida de quem não era
comunista como ele.
Foram 87
anos de infecundidade, travestida de um aparente sucesso, revelado pelos livros
que vendeu, e pela matreira estratégia de marketing que o conduziu ao Prémio
Nobel, em detrimento de outros escritores Lusos, genuinamente com mais
categoria e menos maldade crónica do que ele. Penso, por exemplo, no insuspeito
Torga.
Tentei ler
dois livros dessa personagem, para com honestidade poder dizer que, para além
de não gostar dele como pessoa, o não considerava como um bom escritor, e que
ofendia na sua essência a cultura Cristã da nossa Grei. Consegui apenas ler um,
e o início de outro. A sua escrita, para além de ser incorrecta, era amarga
como as cascas dos limões mais amargos. A sua originalidade era, afinal, o
sinistro das suas ideias; o que, convenhamos, é pouco original. É mais fácil
ser sinistro, provocador e mau, do que ter categoria, e valor. Saramago optou
pelo mau caminho, como sempre, o mais fácil. E teve aparentemente sorte, na
Terra, que a eternidade pouco lhe reservará.
Fiquei
contente quando ameaçou (apenas ameaçou, porque na realidade a sua vaidade não
lho permitia praticar), nunca mais pisar solo Pátrio. Uma figura como ele, é
melhor estar longe da Pátria que em má hora o viu nascer. Afinal de que serve a
este Portugal destroçado, um Iberistra convicto, ainda para mais, estalinista?
Teria ficado bem por essas ilhas perdidas de Espanha, não fosse uma série de
lacaios da cultura dominante “chorarem” por ele, por aqui por terras lusas,
alimentando-lhe a sua profunda soberba.
Para além
da sua obra escrita, de qualidade duvidosa e brilhantemente catapultada por
apuradas técnicas comerciais que lhe conseguiram um Prémio Nobel da Literatura,
(prémio com cada vez menos prestígio devido à carga política que contém), nada
deixou em herança, para além de certamente muito dinheiro, o que é um
contrasenso para um qualquer estalinista como ele. Mas a sua existência foi um
perfeito logro. Foi uma existência desnecessária.
Saramago
afastou-se da Pátria, e estou certo de que a Pátria, no seu todo mais puro, que
não no folclore da "inteligentzia", não teve saudades dele. Foi uma
bandeira da esquerda ortodoxa, e também da esquerda ambígua, essa do
Primeiro-Ministro que nos desgoverna. Dessa mesma esquerda que decidiu usar o
nosso dinheiro, para trazer em avião da Força Aérea Portuguesa, os seus restos
inanimados para Portugal, a expensas de todos nós, e infamemente coberto com a
Bandeira Nacional. Um Iberista, coberto com a Bandeira Nacional, que Saramago
ofendeu vezes incontáveis, na essência da sua obra, e no veneno das suas
declarações públicas. Era um relapso. Um indesejável.
Um homem
que voluntariamente se afastou da sua Pátria, comentando-a de uma forma
negativa no Estrangeiro, não é digno de nela entrar cadáver, coberto com a sua
Bandeira. A bandeira de Saramago, era a do ódio, da arrogância, e da maldade
praticada.
Mas os
símbolos Nacionais estão hoje nas mãos de quem estão, e a representação das
“vontades” Nacionais, está subordinada a quem está: à esquerda, tão sinistra
como foi Saramago. Assim sendo, as homenagens que lhe fazem, incluindo os
exagerados e ilegítimos dois dias de Luto Nacional, valem o que valem, e são
apenas um acto de pura “camaradagem”, na verdadeira acepção da palavra. Quem
nos desgoverna, pode cometer as maiores atrocidades, que ao povo profundo só
resta pagar, e calar. Até ver.
Amanhã,
Saramago mergulhará pela terceira vez nas chamas. A primeira, terá sido quando
nasceu, e ao longo de toda a sua vida, retrato que foi de ódio e
maldade pela sua imagem espelhados e espalhados; a segunda, terá sido
quando o seu corpo ficou irremediavelmente inanimado, e estou certo de que
entrou no Inferno, a confraternizar com o seu amigo Satanás; a terceira, amanhã,
será quando o seu corpo inerte e sem alma, entrar para ser definitivamente
destruído, no Crematório do Alto de S. João.
Será um
maravilhoso e completo Auto de Fé. O Homem e a sua obra venenosa, serão
queimados definitivamente nas chamas da terra, que nas da eternidade já o foram
no dia em que morreu.
De
Saramago recordaremos um homem que não sabia rir, que gostava certamente muito
de dinheiro, e que o terá ganho, que era mau e vaidoso, e que o provou ao longo
da sua vida, que quis viver longe da sua Pátria por a ela não saber ter amor, e
que foi homenageado por meia dúzia de palhaços esquerdistas, “compagnons de
route” coniventes com um dos últimos fósseis estalinistas, que ilustrava uma
forma de estar na vida e na política sem alma, amoral, e que globalmente
contribuiu para a destruição de toda uma Pátria, e suas tradições.
Ocorreu
ontem, quando soube que este cavalheiro de triste figura tinha morrido, que
estaria por certo no inferno, sentado com Rosa Coutinho, também lá
entrado há poucos dias, à espera de Mário Soares e Almeida Santos, para os
quatro juntos jogarem uma animada e bem “quente” partida de sueca...
O País
está mais limpo. Um dos maiores expoentes do ódio e da maldade, desapareceu da
superfície da Terra. Espero que a Casa dos Bicos, um dia possa ter melhor
função, do que albergar a memória de tão pérfida personagem. As suas letras,
estou certo de que cairão no esquecimento, ao contrário das de Camões, Torga ou
Pessoa, entre muitos outros.
Apesar de
tudo, e porque sou Católico (e porque a raiva não é pecado), que Deus tenha
compaixão de tão grande pobreza, mas que se lembre fundamentalmente de nós, de
todos os Portugueses íntegros que tentamos sobreviver com dificuldade, neste
Portugal governado pelos amigalhaços do extinto, que apesar do luto em que
fingem estar, mas que na verdade não sabem viver, continuam a todo o custo a
viver o enorme bacanal que arruina Portugal...
No fundo,
no fundo, e porque as palavras as leva o vento, que Deus tenha piedade de tão
grande pobreza! Cabe-nos perdoar. Mas não temos que esquecer!
António de Oliveira Martins -
Lisboa, 19/06/2010.
Um comentário:
Gostei da sua exposição e apesar de não ter obviamente tanto conhecimento sobre a "personagem" em causa, a verdade é que nunca consegui sentir a mínima empatia por ele.
Lendo agora o seu texto, percebi porquê.
Era de facto a sua face, aquele rosto desprovido de sentimento,era a representação da face do mal.
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