"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso"

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

IDEAIS TRAÍDOS

Autor: Sylvio Frota
Editora: Jorge Zahar
Assunto: História do Brasil
Edição: 1ª
Ano: 2006
Páginas: 662

Sinopse: Nesse inédito documento histórico, o leitor tem uma rara visão dos bastidores do período militar no Brasil (1964-1985). Frota faz uma análise minuciosa da história e, ao acusar os que em seu entender haviam traído os ideais do Movimento de 64, torna esse livro um depoimento detalhado e único sobre o tema.

A obra, lançada agora por iniciativa de seu filho – já que o autor, até sua morte, em 1996, não quis divulgar o texto –, mostra detalhes ainda desconhecidos sobre a cúpula militar brasileira.

SYLVIO FROTA foi ministro do Exército entre 1974 e 1977, período em que o presidente Ernesto Geisel iniciou o processo de abertura. Contrário a essa política e apoiado por militares e políticos da “linha dura” que o queriam candidato à sucessão, Frota distanciou-se cada vez mais do presidente, a quem via como ideologicamente de esquerda. O desfecho foi sua demissão por Geisel em 12 de outubro de 1977.

Afastado da vida pública, o ex-ministro dedicou-se, nos anos seguintes, a escrever sua versão dos fatos. Ideais traídos publicado 28 anos depois do início de sua redação.
Comentários: Este livro é muito mais do que o registro de fatos passados. Ele é um prognóstico do futuro do país e, se lido com o espírito desarmado, ajuda a compreender o sucesso que as esquerdas marxistas, socialistas, comunistas e revolucionárias vêm obtendo na implantação de um regime socialista totalitário sem que surja uma única reação contra esse câncer que destrói nações, diviniza a nomenclatura e se locupleta do suor e do sangue daqueles que ainda produzem nesta nação de parasitas governados por uma matula.
Para entender como os ideais da revolução foram traídos, segue-se um breve trecho da obra:
“A esta altura dos acontecimentos, já se delineavam no seio da Revolução três grupos militares, de tendências e aspirações diferentes: o grupo castelista, de inclinações liberais centro-esquerdistas, em que se destacavam os generais Cordeiro de Farias, Ernesto Geisel e Golbery, homens ligados à Escola Superior de Guerra, onde iam buscar as bases de suas atividades; o nacionalista, de fortes tinturas socialistas com Afonso de Albuquerque Lima, Euler Bentes Monteiro e outros generais, dispondo, segundo se dizia, da valiosa simpatia de Juarez Távora; e finalmente o grupo ortodoxo, conservador sem ser imobilista, fiel às teses do Movimento de 1964 e que tinha na sua liderança a figura dominante de Costa e Silva.
Sobre as falsas acusações de tortura e a indiferença dos acusados:

"Um jovem casal, preso numa reunião de subversivos, foi tratado costumeiramente com todo o respeito, entretanto, o marido, ao prestar depoimento na Auditoria Militar, afirmou, cinicamente, que suas declarações anteriores tinham sido obtidas sob tortura. Indignado, interpelei-o, ao correr de uma habitual visita, instando para que dissesse quando e onde tinha sido torturado e quem praticara a tortura. Baixou a cabeça e, num assomo de dignidade, respondeu, textualmente:
- Cumpri ordens do Partido!
Nós militares compreendiámos o propósito de desmoralizar os órgãos de segurança, neutralizando-os para posteriormente extingui-los.
O que nos surpreendia era a indiferença governamental, porquanto a técnica subversiva nem a marca da originalidade possuía. Reproduzia-se fielmente, aqui, o que acontecera em outros países." 

Portanto, a leitura desta obra é importantíssima para a compreensão, repito, do que sucede na situação política atual onde presenciamos uma relação de subserviência, quase incestuosa entre o socialismo e os comandos militares. Estamos órfãos. A ideologia marxista penetrou na caserna e campeia entre os militares, assim como faz na Igreja Católica brasileira e outras Instituições. Venceu Gramsci, não pelas armas, mas pela hegemonia do senso comum modificado. (AOliynik).
O general Santa Rosa e a Argentina
Graça Salgueiro

Recebi no dia 02 de fevereiro, de um amigo militar, cópia da nota escrita pelo general Maynard Marques de Santa Rosa que acabou causando sua exoneração do cargo de Chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército. Quando a li me assombrei, não porque estivesse em desacordo com o conteúdo, mas pela coragem e destemor em dizer aquilo que muitos dentro das Forças Armadas pensam, mas poucos se atrevem a ser tão verdadeiros.

Uma semana depois e o alvoroço já tomava conta de jornais, sites e grupos de debates na internet. O general fora exonerado de seu cargo, sob esbravejamento histérico do ministro da Defesa, Nelson Jobim, aquele que usa uniforme militar sem nunca ter sido sequer soldado raso. Não foi surpresa, tendo em vista que, como comunista politiqueiro e fraudador da Constituição, este senhor sempre agiu de forma dúbia tal qual o morcego que morde e sopra. Fingiu defender os militares, quando foi publicado o Plano Nacional de Direitos Humanos III (PNDH III), porque no documento excluía-se os mesmos do benefício da lei de Anistia. Com seu papel bem ensaiado numa ópera bufa, pôs seu cargo à disposição sendo – naquela ocasião – aplaudido pelos militares e garantindo, com o gesto hipócrita, amealhar votos à sua futura candidatura, que ainda não se sabe bem para qual cargo.

Então leio no jornal O Globo do dia 10.02, uma declaração do ministro Jobim acerca do que se passou. Diz ele: “Acabei de enviar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento-Geral do Pessoal. Pela manhã, conversei com o comandante do Exército, general Enzo (Martins Peri), e pedi a ele providências imediatas tendo em vista as notícias que haviam circulado. Ele confirmou a notícia e disse que sugeria a exoneração, o que já foi enviado agora para o presidente”.

Este fato me remeteu a outro bem mais antigo contra o general Sylvio Frota, Ministro do Exército do governo Ernesto Geisel, também vergonhosamente traído por seus pares por ser anti-comunista ferrenho e convicto de suas funções como militar. O caso está bem documentado no livro de sua autoria, intitulado “Ideais Traídos”, cuja leitura neste momento vale a pena. Esta era a hora de o general Enzo, como comandante do Exército, apoiar o general Santa Rosa porque o que ele disse expressa fidedignamente tudo o que pensam os verdadeiros militares da ativa e da reserva, ademais de civis patriotas que prezam a verdade e abominam o comunismo. Mas a tibieza e covardia do general Enzo se manifestam há tempo, sempre cedendo aos caprichos lulo-petistas, quando, por exemplo, deixou entregue à própria sorte o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra no processo que querem, a ferro e fogo, rotulá-lo como torturador, mesmo que para isto se utilizem testemunhas e testemunhos falsos.

Omitiu-se e escondeu-se quando do lançamento do PNDH III, que aviltava não só os direitos e a honra dos militares que combateram contra o terrorismo dos anos 60, como acobertava uma mentira e seus criminosos autores. “Acompanhou” o pedido de demissão do comunista e demagogo Jobim porque não lhe restavam muitas opções, e agora concluiu seu trabalho de lacaio pedindo a exoneração de um brilhante militar que só disse a verdade, nada mais que a verdade. Entretanto, o general Santa Rosa não está só, porque ouviu-se o brado de indignação por tamanha ignomínia de todos os cantos do país, tanto de militares como de civis que sabem distinguir a verdade da mentira, aos quais me somo.

E o que tem a ver a Argentina com o general Santa Rosa? Desde 2004, tento alertar os militares de que estava sendo urdido pelo Foro de São Paulo um plano para destruir as Forças Armadas do continente, e apontei o que vinha ocorrendo na Argentina governada então pelo “ex” montonero Néstor Kirchner. Em sua gestão, a primeira providência tomada para destruir os militares foi desvinculá-los da Lei de Anistia – exatamente como quer o fraudulento PNDH III -, sobretudo nos capítulos “obediência devida” e “ponto final”, que salvaguardava as ações cometidas contra terroristas em estrito cumprimento do dever de defender a Pátria.

A ministra da Defesa argentina, nomeada por Kirchner e que permanece até hoje no governo de sua esposa Cristina, é uma “ex” montonera, Nilda Garré, uma espécie de Dilma Rousseff portenha. Por ordem desta senhora, foram abertos processos contra todos os militares vivos que combateram nos anos 70-80, dos quais 600 foram julgados e condenados a penas longuíssimas e até prisão perpétua. A maioria septuagenária e octogenária está encarcerada no meio de presos comuns que, instigados por “defensores de direitos humanos” que visitam os presídios, são espancados e insultados continuamente. Desses 600 militares, 80 já morreram na prisão por falta de atendimento médico, maus tratos e envenenamento.

O mesmo está ocorrendo no Uruguai, e no Chile as coisas não tomaram o mesmo rumo porque os militares se rebelaram e deram um basta, apesar de haver alguns deles presos. No livro “El Foro de Sao Paulo contra las Fuerzas Armadas”, escrito por militares de vários países da região, que pode ser descarregado neste link, estão as explicações para tudo isto que estamos vendo ocorrer no Brasil hoje. Nesta vergonha e covardia não estamos sós. Entretanto, eu pergunto: até quando vamos esperar? Até vermos esta escória da humanidade encarcerar todos os nossos bravos soldados até não haver mais nenhum para defender a Pátria, e o Brasil se tornar uma Cuba continental como tanto sonha o insepulto morto-vivo Fidel Castro?

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