Autor: George Orwell (1903-1950)
Tradução: Wilson Velloso
Assunto: Romance (Distópico) – Literatura estrangeira
Editora: Companhia Editora Nacional
Edição: 29ª
Ano: 2005
Páginas: 320
Sinopse: “1984” é um romance escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudônimo de George Orwell e publicado em 8 de junho de 1948. A obra retrata o cotidiano numa sociedade totalitária onde as liberdades são estritamente limitadas pelo Estado sempre onipresente, com capacidade de alterar a história e o idioma, de oprimir e torturar o povo com objetivo de manter sua estrutura inabalável.
A trama se passa na Pista n.º 1, o nome da Inglaterra sob o regime totalitário de Big Brother (Grande Irmão) e sua ideologia Ingsoc (socialismo inglês), e conta a história de Winston Smith, um funcionário do Ministério da Verdade (em Novilíngua: Miniver) um órgão que da informação pública do governo. Os funcionários do Ministério da Verdade são responsáveis, ironicamente, pela falsificação de documentos e qualquer artigo que possa servir de referência ao passado de forma que ele seja sempre condizente com o que o Partido diz ser verdade atualmente. Por essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca erra. A ironia está exatamente no fato do Ministério da Verdade, onde Winston trabalha, ser responsável pelas mentiras.
Diariamente, os cidadãos devem parar o trabalho por dois minutos e se dedicar a atacar histericamente o traidor foragido Emmanuel Goldstein (Trotsky) e, em seguida adorar a figura do Big Brother.
Análise da obra:
O livro representa uma gigantografia do mal, do absolutismo encarnado no comunismo stalinista, justamente no momento em que este está em seu apogeu, com efeitos caricaturais apresentados de forma magistral. O chefe do Estado, o Big Brother (cuja imagem surge em todas as partes, mas que ninguém jamais viu pessoalmente). O “Partido” é um grupo que se mantém no poder por meio de métodos semelhantes aos aplicados pelo comunismo de Lênin, Stálin e Mão Tse-tung. Poder-se-ia incluir também o nazismo de Adolf Hitler.
Os ministérios são as principais representações do Partido, e encarregados, cada um, de manter a harmonia e a ideologia do Partido.
O “Ministério do Amor” é o responsável pela espionagem e controle da população. São eles que cuidam de quem se coloca contra o Partido, julgando e torturando. Para eles não basta eliminar a oposição, têm que convertê-la.
O “Ministério da Fartura” é o responsável pela fome. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Uma espécie de "Nunca nêfte paíf..."
O “Ministério da Verdade”, com seus funcionários onipotentes, esvaziam inteiramente os súditos não apenas da liberdade, mas de qualquer consistência humana. Os cidadãos tornam-se verdadeiros escravos do sistema, dispostos às mais abomináveis traições para servir ao Estado. Os dois minutos de ódio impostos diariamente aos cidadãos da Oceania eram a recuperação de dois instintos agressivos do povo, que amará tanto mais o Big Brother quanto mais detestar Emmanuel Goldstein (Trotsky).
O “Ministério da Paz” é o responsável pela Guerra, outra ironia. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de dominio também.
A Novilíngua é um idioma fictício criado pelo governo hiper-autoritário na obra. A novilíngua era desenvolvida não pela criação de novas palavras, mas pela “condensação” e “remoção” delas ou de alguns de seus sentidos, com o objetivo de restringir o escopo do pensamento. Uma vez que as pessoas não pudessem se referir a algo, isso passaria a não existir. Assim, por meio do controle sobre a linguagem, o governo seria capaz de controlar o pensamento das pessoas, impedindo que idéias indesejáveis viessem a surgir.
Não se deve confundir Novilíngua com simples tabu a respeito de palavras. A idéia aqui consiste em restringir as possibilidades de raciocínio, não o simples proibir a menção a coisas, fatos ou pessoas indesejáveis.
Ao contrário de outras línguas, onde cada vez mais são anexadas novas gírias e conceitos, a novilíngua retira termos, como antônimos e sinônimos. Entre os exemplos citados no livro, se algo é “bom”, não é necessário existir a palavra “mau”, simplesmente seria “inbom”, sendo o prefixo “in” característica antonímia da palavra. Também não é necessário existir o “ótimo” ou melhor que bom, seria simplesmente “plusbom”. Se fosse melhor ainda, seria “dupliplusbom”. Outra característica básica da novilíngua é o fato de não representar pensamentos errados ou como chamadas “crimeidéias”, afinal, se não era possível definir algo, se esse algo não existisse.
O duplipensar é algo diabólico. Consiste na duplicidade de pensamentos, isto é saber que está errado e se convencer que está certo, algo do tipo “inconsciência é ortodoxia”.
A crimidéia representa o crime ideológico manifestados por pensamentos ilegais. Algo muito parecido com lei homofóbica que está tramitando no congresso e que o governo do PT tem o maior interesse na sua aprovação.
Transposto do plano da fantasia ao da reflexão conceitual, 1984 revela-se uma esplêndida representação de um sistema que comporta a destruição dos maiores valores humanos, que termina transformando o homem numa larva que se move do nada para o nada.
A trama se passa na Pista n.º 1, o nome da Inglaterra sob o regime totalitário de Big Brother (Grande Irmão) e sua ideologia Ingsoc (socialismo inglês), e conta a história de Winston Smith, um funcionário do Ministério da Verdade (em Novilíngua: Miniver) um órgão que da informação pública do governo. Os funcionários do Ministério da Verdade são responsáveis, ironicamente, pela falsificação de documentos e qualquer artigo que possa servir de referência ao passado de forma que ele seja sempre condizente com o que o Partido diz ser verdade atualmente. Por essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca erra. A ironia está exatamente no fato do Ministério da Verdade, onde Winston trabalha, ser responsável pelas mentiras.
Diariamente, os cidadãos devem parar o trabalho por dois minutos e se dedicar a atacar histericamente o traidor foragido Emmanuel Goldstein (Trotsky) e, em seguida adorar a figura do Big Brother.
Análise da obra:
O livro representa uma gigantografia do mal, do absolutismo encarnado no comunismo stalinista, justamente no momento em que este está em seu apogeu, com efeitos caricaturais apresentados de forma magistral. O chefe do Estado, o Big Brother (cuja imagem surge em todas as partes, mas que ninguém jamais viu pessoalmente). O “Partido” é um grupo que se mantém no poder por meio de métodos semelhantes aos aplicados pelo comunismo de Lênin, Stálin e Mão Tse-tung. Poder-se-ia incluir também o nazismo de Adolf Hitler.
Os ministérios são as principais representações do Partido, e encarregados, cada um, de manter a harmonia e a ideologia do Partido.
O “Ministério do Amor” é o responsável pela espionagem e controle da população. São eles que cuidam de quem se coloca contra o Partido, julgando e torturando. Para eles não basta eliminar a oposição, têm que convertê-la.
O “Ministério da Fartura” é o responsável pela fome. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Uma espécie de "Nunca nêfte paíf..."
O “Ministério da Verdade”, com seus funcionários onipotentes, esvaziam inteiramente os súditos não apenas da liberdade, mas de qualquer consistência humana. Os cidadãos tornam-se verdadeiros escravos do sistema, dispostos às mais abomináveis traições para servir ao Estado. Os dois minutos de ódio impostos diariamente aos cidadãos da Oceania eram a recuperação de dois instintos agressivos do povo, que amará tanto mais o Big Brother quanto mais detestar Emmanuel Goldstein (Trotsky).
O “Ministério da Paz” é o responsável pela Guerra, outra ironia. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de dominio também.
A Novilíngua é um idioma fictício criado pelo governo hiper-autoritário na obra. A novilíngua era desenvolvida não pela criação de novas palavras, mas pela “condensação” e “remoção” delas ou de alguns de seus sentidos, com o objetivo de restringir o escopo do pensamento. Uma vez que as pessoas não pudessem se referir a algo, isso passaria a não existir. Assim, por meio do controle sobre a linguagem, o governo seria capaz de controlar o pensamento das pessoas, impedindo que idéias indesejáveis viessem a surgir.
Não se deve confundir Novilíngua com simples tabu a respeito de palavras. A idéia aqui consiste em restringir as possibilidades de raciocínio, não o simples proibir a menção a coisas, fatos ou pessoas indesejáveis.
Ao contrário de outras línguas, onde cada vez mais são anexadas novas gírias e conceitos, a novilíngua retira termos, como antônimos e sinônimos. Entre os exemplos citados no livro, se algo é “bom”, não é necessário existir a palavra “mau”, simplesmente seria “inbom”, sendo o prefixo “in” característica antonímia da palavra. Também não é necessário existir o “ótimo” ou melhor que bom, seria simplesmente “plusbom”. Se fosse melhor ainda, seria “dupliplusbom”. Outra característica básica da novilíngua é o fato de não representar pensamentos errados ou como chamadas “crimeidéias”, afinal, se não era possível definir algo, se esse algo não existisse.
O duplipensar é algo diabólico. Consiste na duplicidade de pensamentos, isto é saber que está errado e se convencer que está certo, algo do tipo “inconsciência é ortodoxia”.
A crimidéia representa o crime ideológico manifestados por pensamentos ilegais. Algo muito parecido com lei homofóbica que está tramitando no congresso e que o governo do PT tem o maior interesse na sua aprovação.
Transposto do plano da fantasia ao da reflexão conceitual, 1984 revela-se uma esplêndida representação de um sistema que comporta a destruição dos maiores valores humanos, que termina transformando o homem numa larva que se move do nada para o nada.
‘1984′ não é apenas mais um livro sobre política, mas uma metáfora do mundo que estamos inexoravelmente construindo. Invasão de privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle total dos indivíduos, destruição ou manipulação da memória histórica dos povos já fazem parte da realidade. Se essa realidade caminhar para o cenário antevisto em ‘1984′, o indivíduo não terá qualquer defesa. Aí reside a importância de se ler Orwell, porque seus escritos são capazes de alertar as gerações presentes e futuras do perigo que correm e de mobilizá-las contra a comunização do mundo.
No Brasil este processo já se encontra implantado nas escolas públicas cuja ideologia marxista-comunista acha-se difundia por todo o território nacional. Um número cada vez maior de professores e autores de livros didáticos, adeptos de uma corrente pedagógica que defende a instrumentalização do ensino para fins político-ideologicos, vem-se utilizando de suas aulas e de suas obras para doutrinar ideologicamente os estudantes com vistas na formação e propagação de uma mentalidade social favorável aos partidos e organizações de esquerda.
Conclusão:
O romance é considerado uma das mais citadas distopias literárias. Nele é retratada uma sociedade onde o Estado é onipresente, com a capacidade de alterar a história e o idioma, de oprimir e torturar o povo e de travar uma guerra sem fim, com o objetivo de manter a sua estrutura inabalada. Portanto, cuidado com o terceiro mandato.
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