Tradutor: Joubert de Oliveira Brizida
Assunto: Ciência Política – Ciências Sociais
Editora: Topbooks
Edição: 1ª
Ano: 2003
Páginas: 400
O
livro, publicado originalmente em 1924, tornou-se um marco do pensamento
político moderno, o mais representativo do pensador da cultura e ensaísta
americano, que não deixou uma obra extensa porque gastou grande parte da sua
vida em controvérsias públicas, contestando os valores e convicções mais
arraigados nos meios acadêmicos de sua época e atacando filósofos como
Rousseau, Francis Bacon, Karl Marx e John Dewey.
Babbitt nunca hesitou em remar contra a corrente
dos movimentos intelectuais de seu tempo, submetendo a exame crítico implacável
todas as convicções morais e estéticas de seus contemporâneos. Combateu o
marxismo, o freudismo, o instrumentalismo e o naturalismo. Desdenhava o sucesso
fácil e a popularidade. Já na estética, opôs-se violentamente às diversas
doutrinas que defendiam a arte pela arte, afirmando o propósito moral e a
dimensão ética da experiência artística. Como teórico da educação, combateu com
fervor a decadência da universidade americana. Seu diagnóstico da erosão dos
padrões éticos e culturais da América e sua defesa do autodomínio moral contra
o culto à despreocupação são temas que permanecem atuais.
Quando o livro foi publicado, o crítico Herbert
Read afirmou, com justiça, que a motivação de Irving Babbitt (1865-1933) era
"o restabelecimento de padrões humanistas no lugar das confusões
utilitárias humanitárias ou românticas", então muito em voga.
Este livro é especialmente instigante por conter
a mais sólida crítica à filosofia de Rousseau (capítulo II) já escrita, que na
prática demonstra a incompatibilidade de uma liderança moral, comprometida de
fato com os valores superiores, e a igualdade geral defendida pelo genebrino
Rousseau. Babbit é atualíssimo e precisa voltar a fazer parte dos currículos
universitários, se é que algum dia o foi no Brasil.
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