"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso"

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

DEMOCRACIA E LIDERANÇA

Autor: Irving Babbitt (1865-1933)
Tradutor: Joubert de Oliveira Brizida
Assunto: Ciência Política – Ciências Sociais
Editora: Topbooks
Edição: 1ª
Ano: 2003
Páginas: 400


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O livro, publicado originalmente em 1924, tornou-se um marco do pensamento político moderno, o mais representativo do pensador da cultura e ensaísta americano, que não deixou uma obra extensa porque gastou grande parte da sua vida em controvérsias públicas, contestando os valores e convicções mais arraigados nos meios acadêmicos de sua época e atacando filósofos como Rousseau, Francis Bacon, Karl Marx e John Dewey.
Babbitt nunca hesitou em remar contra a corrente dos movimentos intelectuais de seu tempo, submetendo a exame crítico implacável todas as convicções morais e estéticas de seus contemporâneos. Combateu o marxismo, o freudismo, o instrumentalismo e o naturalismo. Desdenhava o sucesso fácil e a popularidade. Já na estética, opôs-se violentamente às diversas doutrinas que defendiam a arte pela arte, afirmando o propósito moral e a dimensão ética da experiência artística. Como teórico da educação, combateu com fervor a decadência da universidade americana. Seu diagnóstico da erosão dos padrões éticos e culturais da América e sua defesa do autodomínio moral contra o culto à despreocupação são temas que permanecem atuais.
Quando o livro foi publicado, o crítico Herbert Read afirmou, com justiça, que a motivação de Irving Babbitt (1865-1933) era "o restabelecimento de padrões humanistas no lugar das confusões utilitárias humanitárias ou românticas", então muito em voga.
Este livro é especialmente instigante por conter a mais sólida crítica à filosofia de Rousseau (capítulo II) já escrita, que na prática demonstra a incompatibilidade de uma liderança moral, comprometida de fato com os valores superiores, e a igualdade geral defendida pelo genebrino Rousseau. Babbit é atualíssimo e precisa voltar a fazer parte dos currículos universitários, se é que algum dia o foi no Brasil.

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