Título original: Le livre noir du communisme: Crimes, terreur, répression.
Autor(es): Stephane Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panne, Andrzej Paczkowski, Karel Bartosek
Tradução: Caio Meira
Assunto: Comunismo / Terrorismo
Editora: Bertrand Brasil
Edição: 3ª
Ano: 2001
Páginas: 924
Sinopse: Uma equipe de historiadores faz um balanço dos crimes cometidos sob a bandeira do comunismo - os locais, as datas, os fatos, os carrascos, as vítimas contadas às dezenas de milhões na URSS e na China, e aos milhões em pequenos países como a Coréia do Norte e o Camboja.
Autor(es): Stephane Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panne, Andrzej Paczkowski, Karel Bartosek
Tradução: Caio Meira
Assunto: Comunismo / Terrorismo
Editora: Bertrand Brasil
Edição: 3ª
Ano: 2001
Páginas: 924
Sinopse: Uma equipe de historiadores faz um balanço dos crimes cometidos sob a bandeira do comunismo - os locais, as datas, os fatos, os carrascos, as vítimas contadas às dezenas de milhões na URSS e na China, e aos milhões em pequenos países como a Coréia do Norte e o Camboja.
O livro é referência para quem queira conhecer o que foi o comunismo no plano mundial, ou se proponha a pesquisar sua atuação no Brasil. Obra essencial em todas as bibliotecas, especialmente nas cabeceiras de leitura de cidadãos cuja mente não foi destruída, ainda, pela psicose marxista-comunista da imprensa engajada e professores militantes.
Excertos:
“Já se escreveu que ‘a história é a
ciência da infelicidade dos homens’; nosso século de violência parece confirmar
essa fórmula de maneira eloqüente. É verdade que nos séculos precedentes poucos
povos e poucos Estados estiveram isentos da violência de massa.”
“Não resta dúvida de que, a esse
respeito, nosso século deve ter ultrapassado seus predecessores. Um olhar retrospectivo
impõe uma conclusão incômoda: este século foi o século das grandes catástrofes
humanas – duas guerras mundiais, o nazismo, sem falar as tragédias mais circunscritas,
como as da Armênia, Biafra, Ruanda e outros países.”
“O comunismo insere-se nessa faixa de
tempo histórico transbordante de tragédias, chegando mesmo a constituir um de
seus momentos mais intensos e mais significativos.”
“O que designamos precisamente com a
denominação ‘comunismo’? Devemos, desde já, introduzir uma distinção entre a
doutrina e a prática. Como filosofia política, o comunismo existe há séculos, e
quem sabe, há milênios. Pois não foi Platão quem, em A República, fundou a idéia de uma cidade ideal na qual os homens
não seriam corrompidos pelo dinheiro e pelo poder, na qual a sabedoria, a razão
e a justiça comandariam? Não foi um pensador e estadista tão eminente quanto
Sir Thomas Mores, chanceler da Inglaterra em 1530, autor da famosa Utopia e morto sob o machado do carrasco
Henrique VIII, um outro precursor da idéia dessa cidade ideal? O método utópico
parece perfeitamente legítimo como
instrumento crítico da sociedade. Ele participa do debate das idéias – oxigênio
de nossas democracias. Entretanto, o comunismo aqui abordado não se situa no
céu das idéias. É um comunismo bem real, que existiu numa determinada época, em
determinados países, encarnado por líderes célebres – Lenin, Stalin, Mao, Ho
Chi Minh, Castro, etc., e, mais próximos da história política francesa, Maurice
Thorez, Jacques Duclos, Georges Marchais.”
“Qualquer que seja o grau de
envolvimento da doutrina comunista anterior a 1917 na prática do comunismo
real, foi este quem pôs em prática uma repressão metódica, chegando a
instituir, em momentos de grande paroxismo, o terror como modo de governo. Isso
faz com que a ideologia seja inocente? Evidentemente, seria absurdo imputar a
teorias elaboradas antes de Cristo, durante a Renascença ou mesmo o século XIX,
eventos que surgiram no decorrer do século XX. Entretanto, como escreve Ignazio
Silone, ‘na verdade, as revoluções são
como árvores, elas são reconhecidas através de seus frutos’. Não foi sem razão
que os social-democratas russos, conhecidos como ‘bolcheviques’, decidiram, em
novembro de 1917, chamar a si próprios de ‘comunistas’. Tampouco foi por acaso
que erigiram junto ao Kremlin um monumento em glória daqueles que eles
consideravam seus precursores: More ou Campanella.”
“Excedendo os crimes individuais, os
massacres pontuais, circunstanciais, os regimes comunistas erigiram, para
assegurar o poder, o crime de massa como verdadeiro sistema de governo. É certo
que no fim de um período de tempo variável – alguns anos no Leste Europeu ou
várias décadas da URSS ou na China – o terror perdeu seu vigor, os regimes
estabilizaram-se na gestão da repressão cotidiana, censurando todos os meios de
comunicação, controlando as fronteiras, expulsando dissidentes. Mas a ‘memória do terror’ continuou a
assegurar a credibilidade e, conseqüentemente, a eficácia da ameaça repressiva.
Nenhuma das experiências comunistas, populares durante algum tempo no Ocidente,
escapou a essa lei: nem na China do ‘Grande Timoneiro’, nem na Coréia de Kim Il
Sung, nem mesmo no Vietnã do ‘gentil Tio Ho’ ou a Cuba do flamejante Fidel,
ladeado pela pureza de um Che Guevara, não se esquecendo da Etiópia de
Mengistu, da Angola de Neto e do Afeganistão de Najibulah.”
Ora, os crimes do comunismo não foram
submetidos a uma avaliação legitima e normal, tanto do ponto de vista histórico
quanto do ponto de vista moral. Sem dúvida, trata-se aqui de uma das primeiras
vezes que se tenta uma aproximação do comunismo perguntando-se sobre esta
dimensão criminosa como uma questão ao mesmo tempo global e central. Poderão
retorquir-nos que a maioria dos crimes respondia a uma ‘legalidade’, ela
própria sustentada por instituições pertencentes aos regimes vigentes,
reconhecidos no plano internacional e cujos chefes eram recebidos com grande
pompa por nossos próprios dirigentes. Mas não ocorreu o mesmo com o nazismo? Os
crimes que expomos neste livro não se definem em relação à jurisdição dos
crimes comunistas, mas ao código não escrito dos direitos naturais da
humanidade.”
“A história dos regimes e dos
partidos comunistas, de sua política, de suas relações com as sociedades
nacionais e com a comunidade internacional não se resume a essa dimensão
criminosa, ou mesmo a uma dimensão de terror e de repressão. Na URSS e nas ‘democracias
populares’ depois da morte de Stalin, na China após a morte de Mao, o terror
atenuou-se, a sociedade começou a retomar suas cores, a ‘coexistência pacífica’
– mesmo sendo ainda ‘uma continuação da luta de classes sob outras formas’ –
tornou-se um dado permanente da vida internacional. Entretanto, os arquivos e
os testemunhos abundantes mostram que o terror foi, desde a sua origem, uma das
dimensões fundamentais do comunismo moderno. Abandonemos a idéia de que tal
execução de reféns, tal massacre de trabalhadores revoltados, tal hecatombe de
camponeses mortos de fome, foram apenas ‘acidentes’ conjunturais, próprios a tais
países ou a tal época. O nosso método ultrapassa a especificidade de cada
terreno e considera a dimensão criminosa como uma das dimensões próprias ao
conjunto do sistema comunista, durante todo o seu período de existência.”
Comentários: A aritmética macabra do comunismo assim se classifica por ordem de grandeza - China (65 milhões de mortos); União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (dois milhões); Camboja (dois milhões); África (1,7 milhão, distribuídos entre Etiópia, Angola e Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnam (um milhão); Leste da Europa (um milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru); Movimento Comunista Internacional e partidos comunistas no poder (dez mil).
O comunismo fabricou três dos maiores carniceiros da espécie humana: Lenin, Stalin e Mao-Tsé-Tung. Lenin foi o iniciador do terror soviético. Enquanto os czares russos em quase um século - 1825 a 1917 - executaram 3.747 pessoas, Lenin superou esse recorde em apenas quatro meses após a revolução de outubro de 1917.
Alguns líderes do Terceiro Mundo figuram com distinção nessa galeria de assassinos. Em termos de percentagem da população, o campeão absoluto foi Pol Pot, que exterminou em 3,5 anos um quarto da população do Camboja. Fidel Castro, por sua vez, é o campeão absoluto da "exclusão social", pois que 2,2 milhões de pessoas, equivalentes a 20% da população da ilha tiveram que fugir. Juntamente com o Vietnam, Fidel criou uma nova espécie de refugiados, os "boat people" - ou sejam, os "balseros", milhares dos quais naufragaram engordando os tubarões do Caribe.
Comentários de Luis Dufaur
Autores: O livro tem como autores vários acadêmicos e especialistas europeus e foi editado por Stéphane Courtois.
- Stephane Courtois é diretor de investigação no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS).
- Nicolas Werth é um investigador do Institut d'Histoire du Temps Présent (IHTP) em Paris.[1]
- Jean-Lous Panné é um especialista acerca do movimento comunista internacional.
- Andrzej Paczkowski é o director do Instituto de Estudos Políticos da Academia Poalca das Ciências e um membro da comissão arquivadora do Ministério Polaco dos Assuntos Internos.
- Karel Bartošek (1930–2004) foi um historiador checo e investigador no IHTP.
- Jean-Lous Margolin é professor na Universidade da Provença e investigador do Instituto de *Investigação do Sudeste Asiático.
- Sylvain Boulougue é investigador associado no GEODE, Universidade de Paris X.
- Pascal Fontaine é um jornalista com um conhecimento especial da América Latina.
- Rémi Kauffer é um especialista na história dos Serviços Secretos, terrorismo e operações clandestinas.
- Pierre Rigoulet é um investigador do Instituto de História Social.
- Yves Santamaria é um historiador.
- Nicolas Werth é um investigador do Institut d'Histoire du Temps Présent (IHTP) em Paris.[1]
- Jean-Lous Panné é um especialista acerca do movimento comunista internacional.
- Andrzej Paczkowski é o director do Instituto de Estudos Políticos da Academia Poalca das Ciências e um membro da comissão arquivadora do Ministério Polaco dos Assuntos Internos.
- Karel Bartošek (1930–2004) foi um historiador checo e investigador no IHTP.
- Jean-Lous Margolin é professor na Universidade da Provença e investigador do Instituto de *Investigação do Sudeste Asiático.
- Sylvain Boulougue é investigador associado no GEODE, Universidade de Paris X.
- Pascal Fontaine é um jornalista com um conhecimento especial da América Latina.
- Rémi Kauffer é um especialista na história dos Serviços Secretos, terrorismo e operações clandestinas.
- Pierre Rigoulet é um investigador do Instituto de História Social.
- Yves Santamaria é um historiador.
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